21 de junho de 2008

Overview Cannes'nino - Parte 1

Aeroporto de Nice – 18h05 (horário local)
Destino: Madrid

Como foi difícil começar a escrever o overview da minha experiência. Ainda não consigo distinguir qual é o sentimento que teima em brotar nos meus pensamentos e que tenta me sufocar, mas é um misto de amor e ódio, vontade e saudade. Não sei, é algo como quero não querer... tudo isso é muito intenso: estar num festival tão renomado, ao lado de gente tão renomada, a primeira vez fora do Brasil.

Acho que posso comparar esse sentimento como uma montanha russa.

Desde que cheguei no aeroporto de Guarulhos, não me sinto o mesmo Kauê. Algo mudou. Pegar um avião com 8 poltronas na fileira e com umas aeromoças velhas falando espanhol já foi muito diferente de tudo que eu já havia passado na vida. Pisar em solo francês foi como voar pela primeira vez: se ver em cima das nuvens, onde apenas pássaros ou astronautas conseguiriam chegar.

O aeroporto de Madrid já é diferente. Deve ser maior que Itanhaem e melhor que Itanhaem: TEM METRÔ só do aeroporto. 30 minutos tentando pegar a conexão, uma hora esperando e embarcados para a França.

Nice é encantador, é uma cidade, como disse muitas vezes meu amigo Diego ‘Tri-chulé’, ‘Astral’. Você, em qualquer lugar e situação que esteja, sempre vai ver um certo ‘Astral’ diferente no ar. Uma bela praia, belas ruelas... a primeira impressão do velho continente, com certeza, ajudou a fazer dessa primeira parte da viagem inimaginável e inesquecível.

Já era hora: o Pallais. Ver aquela placa enorme, que todo o mundo e todo mundo tira foto em frente foi emocionante. De verdade? Arrepiou. Parecia um beliscão ou algo que o valha... a ficha caiu. Foto, click, flash, pow, como é lindo estar aqui. Como é fantástico ver que os Young Lions tem um um espaço exclusivo. Como é bonito ver que a cidade de Cannes respira turismo, respira gente apenas se divertindo, e respirar esse ar soa como um grito de liberdade.

A primeira janta, também, não dá pra esquecer. Conhecer o maldito ‘Pelorran’ - o pelourinho francês - pagar 35 euros para comer uma entrada chamada carinhosamente por meu amigo Dênis Peralta de ‘Sopa de Bufa’, depois uma salada com coisas estranhas que nunca vi na vida (salvo pela ‘rúcula’ e pelo shimeji), posteriormente um Salmon cru estraaaanho recheado com queijo de cabra. Me restou atochar o estomago com pão e manteiga e comer a sobremesa que, essa sim, estava justificando toda a ‘famosidade’ da cozinha francesa. Fora o fato de não entender o que o garçom fala, que é uma outra experiência que precisa-se viver para entender.

Eu não imaginava que seria tão ‘travante’ estar em um país diferente. Você vêm crente de que vai detonar no mérci, no bon jour e na eau. Engano meu: deu uma certa travada. O inglês ajuda na maioria das necessidades obviamente (mesmo o inglês sendo not so good), mas é uma sensação estranha querer e não saber falar, querer perguntar e não entender ou receber a resposta. My english, como alguns amigos falaram, is getting better, e agora é saber como será no espanhol.

Ok. Esse é o primeiro dia na França. Dá pra acreditar?

No sábado a empolgação era muito grande. Conhecer e penetrar no Pallais, ver a praia, os top-lesses, os barcos e tudo mais que Cannes poderia nos dar naqueles próximos seis dias. A ansiedade era muita, a alegria era grande e fomos fazer a inscrição logo cedo. O ‘Palácio dos Festivais’ impressiona pelo tamanho, pela grandeza, e pela natureza em volta. A praia é, digamos, uma Praia Grande com champagne francesa. A Marina é, digamos, um afronto ao que já me ocorrera de ver sobre o mar. E a primeira cerveja, digamos, doeu na alma também: 2,50 em uma Heineken de 33 CL (mais ou menos 250 ml): OH GOD!

* Parada para embarcar, cochilar e tomar um vinho no avião *

Os outros youngs chegaram no sábado e, aí sim, a patota estava toda junta para conseguir sustentar o mesmo sentimento. Alguns no movimento CarnaCannes, outros no movimento de CA, mas todos vivendo quase o mesmo do que eu. Mais um jantar, agora em quase 15 pessoas, novos amigos brasileiros se juntaram a patota (Bon Jour e Fê) e o dia antes do briefing.

* Pausa para aterrisar *

continua...

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